sexta-feira, 17 de julho de 2009

Manhã chuvosa



Foi numa manhã de chuva, que eu descobri que te amava. Eu já desconfiava e dizia pra mim mesma que eu estava só confusa que ia passar. Afinal de contas, é tão fácil confundir grande amizade com amor. Afinal de contas, ambos nascem de um mesmo sentimento. A amizade e o amor surgem de um profundo afeto, um carinho, uma admiração, um bem-estar, simples prazer de estar com você... Fácil confundir...
Mas foi naquela manhã de sexta-feira, o céu escurecia e logo a chuva chegando e o mundo podia desabar lá fora que eu só queria ficar aqui na frente do meu computador, falando com você. Eu queria estar cada vez mais ligada a você.
É que quando estou contigo, não sei explicar, mas o mundo se torna uma perfeição incrível. O céu, as estrelas, e até mesmo a chuva, tudo está no seu lugar. Será que é a tua presença do meu lado que deixa o mundo assim?
E quando você não está, as horas se arrastam, a ansiedade me consome. Ás vezes tenho vontade de te chamar, de sair pelas ruas te procurando, de bater na porta da tua casa... mas eu não consigo. Quando você esta aqui as palavras somem, sempre fica algo por dizer, e assim continuamos sendo bons amigos, nada mais. Acho que eu nunca vou ter coragem de te dizer que te amo.
Talvez seja como você mesmo diz “medo de te querer e de te perder”...Eu não tenho você, mas também não posso te perder. As vezes parece complicado essa coisa de se perder o que nem tem. É estranho essa saudade de um beijo que nunca aconteceu é essa necessidade de um abraço que nunca abracei.
Te querer já faz parte da minha vida, porque de manhã quando eu acordo eu penso no som da tua voz e de noite antes de dormir eu lembro do teu rosto vermelho... Tudo que você fala, tudo que você faz, tudo que você pensa, me desperta admiração.
Nunca pensei que um dia iria conhecer alguém como você, alguém que se parece tanto comigo mesma. Nunca pensei que eu ia me encontrar em você.
Mas e agora mesmo, eu pensava em te dizer tudo isso e te mostrar como eu estou perdendo tempo estando longe de você. Queria te mostrar o quanto poderia ser perfeito nós dois juntos, aventura, amor sagitariano, perfeita simetria. Só que ao mesmo tempo em que eu pensava algo me fazia me calar, por isso vou continuar aqui em silêncio.
Sabe aquela voz que sempre surge lá no fundo da consciência e que nos lembra que um grande amor pode ser uma grande dor, que lembra que eu já tenho cicatrizes demais e não da pra mergulhar de cabeça e arriscar de novo. Sabe aquela voz que faz a gente parar antes de dar mais um passo. Acho que o nome dessa voz é prudência, ou medo de amar, ou medo de se machucar...
Mas ta tudo bem.Eu finjo que não sinto e você finge que não vê, e tudo fica no seu devido lugar.

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