segunda-feira, 19 de julho de 2010

CURSO DE DIREITO URI SANTIAGO


Absurda a nota publicada em jornal local pela professora Adriane Damian Pereira, a qual atribui o fracasso do curso de Direito exclusivamente aos alunos, primeiramente porque não é o Exame de Ordem que define quem é o bom profissional e também porque se a responsabilidade pelos vexatórios indices de reprovação não estivesse diretamente ligada a instituição de ensino então não precisariamos nos submeter a 5 anos de curso. E até mesmo porque estes que se acaham "bons profissionais" não se submeteram ao Exame de Ordem para advogar muito menos a concurso para professor.
Ora como pode um professor jogar a culpa toda em cima dos alunos que estão lá justamente com o intuito de aprender.
Se os alunos passam 5 anos na faculdade e adquirem a formação de bacharel em Direito sem estudar, sem pesquisar certamente o problema está nos critérios de avaliação da universidade que não exige o suficiente do aluno;

É preocupante não somente o indice de reprovação no Exame de Ordem e em concursos públicos, mas também o tipo de profissional que será lançado no mercado de trabalho. Ora se uma faculdade não se importa com esses indices, jogando a culpa exclusivamente nos alunos, o que somos nós? Palhaços? Consumidores que COMPRAM um título de bacharel mas que na realidade não tem formação nenhuma?

CARLA DE VARGAS ALBUQUERQUE
ADVOGADA OAB/RS 78.148


ANNA PAULA ROSSA DA COSTA LEIRIA
BACHAREL EM DIREITO

2 comentários:

  1. Colega,
    Não vi a nota divulgada pela professora acima referida.
    Mas gostaria de tecer alguns comentários a respeito do teu post.
    Quando estava cursando ainda o ensino médio, tínhamos uma professora de química, muito "qualificada", que lecionava inclusive na universidade. Entretanto, em todas as avaliações a turma toda ia muito mal...Certo dia, bem verdade, que foi para irritar a professora, colocamos um cartaz no fundo da sala, com a seguinte frase: "A qualidade de um professor reflete-se no resultado das suas avaliações."...
    Concordo contigo quando dizes que não é a prova da OAB que determina os bacharéis capazes de atuar como advogados. Prova disso é o grande número de absurdos que vemos, ouvimos e lemos diariamente no exercício da profissão.
    Na minha modesta opinião as instituições de ensino deixam muito a desejar, principalmente porque os alguns bons advogados, antigos, que lecionam para nós, tem medo de compartilhar o conhecimento...
    Muitas vezes me questionei se a prova da OAB não é apensa uma forma de "controlar" o número de profissionais do mercado, a fim de diminuir a concorrência...

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  2. A ANA PAULA É BACHARELA E NÃO BACHAREL.

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